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A Associação
“ Quando todos pensavam que já não existíamos, surgiu um grupo de homens, filhos do mar e dar ria, da serra e da floresta, que em conjunto resolveram salvar aquela espécie de Aveiro, oriunda de toda a zona lagunar onde nascia e prosperava.
Animais que, devotados aos homens, trabalhavam nas marinhas de sal e arroz, puxavam redes e ajudavam com a sua grande força a amanhar os campos.
(…)
E foram estes homens, crispados pelo sal e queimados pelo sol, que não quiseram assistir, impassíveis, ao desaparecimento dos animais da terra onde nasceram.
Neles cresceu um desejo, floresceu uma vontade e surgiu a Associação de Criadores da Raça Marinhoa. Partimos do nada e com poucos nadas, temos vindo a crescer.
(…)
Como todos, temos sonhos e não queremos deixar de os concretizar. (…) E o dia de amanhã será sempre à procura de o conseguir. Sonhamos com o dia em que ao nascer do sol, as marinhas ressurjam em tonalidades de fogo e a nossa sede se erga ligando o mar à serra, unindo aqueles que representamos e que queremos preservar.
(…)
Queremos deixar aos vindouros um legado que nos ajudou a unir, que nos fez lançar nesta grande aventura de dar voz participativa a homens e animais que teimam em persistir.”
Dr António José Valente, 1º Secretário Técnico da Raça Marinhoa
Assim nasceu a Associação de Criadores da Raça Marinhoa, tendo pedido a denominação de pessoa colectiva em 6 de Novembro de 1991 e tendo sido realizada a escritura pública em 11 de Maio de 1992, no 2º Cartório Notarial de Aveiro.
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